infelizes com a palma branca dessa guerra
a morrer, a chorar
Eis, que todos ficaram
com a planta dos pés descalços,
em arames farpados,
a correr, a gritar
Eis, que todos, no pesar, se arrastaram
de apesar dos pesares,
em labirintos ensanguentados
a prender, a trinchar
Eis que todos somos
frutos da manga
desta terra encarecida
sem mangas de camisa
sem frutiferar os caminhos;
Lança-se os corpos
(Estamos sobre a mata jogados)
Expostos aos montes anavalhados
silenciados nas exposições
de quadros-negros escolares
Eis, ás vezes, que todos ficaram infelizes
com a palma branca dessa guerra,
Crianças a moer, crianças a condenar
Eis que cortados pela palma branca dessa arma,
em igreja nos elevaram
a termos alma,
E eis, que ás vezes, todos ficaram
felizes
com a palma branca dessa guerra.
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