Enlamade nesse gozo
que deixastes no meu corpo
nessa esquina exposta me ponho a trabalhar
sinto o sangue jorrar
e, na epiderme da carne, os roxos a aflorar:
tudo fruto desse teu bate penetra sempre a me violar
Não preciso
e Nem movo um único músculo de meu corpo
meus olhos captam os vultos que passam a assoviar
Já recebi inúmeros
Tapas, socos,
puxões, palavrões
pra esse abate se fincar
Inúmeros
Tapas, socões,
puxões, palavrões
pra esse abate se corporizar
olho o ponteiro do relógio
penso: mais 5 minutos... e ele goza!
Escorre, enfim, teu prazer algoz colonial
Lágrimas se iluminam em minha face
e o silêncio se faz Império patrimonial
Nenhum comentário:
Postar um comentário