terça-feira, 25 de setembro de 2018

Enlamade nesse gozo
que deixastes no meu corpo
nessa esquina exposta me ponho a trabalhar

sinto o sangue jorrar
e, na epiderme da carne, os roxos a aflorar:
tudo fruto desse teu bate penetra sempre a me violar

Não preciso
e Nem movo um único músculo de meu corpo
meus olhos captam os vultos que passam a assoviar

Já recebi inúmeros
Tapas, socos,
puxões, palavrões
pra esse abate se fincar

Inúmeros
Tapas, socões,
puxões, palavrões
pra esse abate se corporizar 

olho o ponteiro do relógio
penso: mais 5 minutos... e ele goza!

Escorre, enfim, teu prazer algoz colonial    

Lágrimas se iluminam em minha face
e o silêncio se faz Império patrimonial


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